terça-feira, 8 de junho de 2010

Vestígios do Tempo, filme alta-florestense, representa Mato Grosso em Maringá e Florianópolis

Em 2009 uma turma liderada pelo Teatro Experimental de Alta Floresta embarcou na aventura de realizar um filme digital em terras alta-florestenses e rumaram para a Pista do Cabeça e Sitio Ecológico Santa Cruz da Paineira com uma equipe de quase cinquenta pessoas com o roteiro de Ronaldo Adriano debaixo do braço e se juntaram com os moradores da Pista para filmar Vestígios do Tempo com o apoio do Governo do Estado de Mato Grosso através do Fundo de Apoio e Incentivo à Cultura, várias empresas e comércios de Alta Floresta e da Prefeitura Municipal. Depois de quatro dias de filmagens o diretor do filme, Ronaldo Adriano, foi à Cuiabá para montagem e finalização. Em dezembro Alta Floresta se viu na tela, através de uma história inspirada nas histórias do garimpo e que conta um pouco da teimosia da vida em todas as suas formas de existência.

Depois disso cópias do filme começaram a ser mandadas para concorrer a uma vaga em vários festivais de cinema do Brasil e do Mundo. Rapidamente percebeu-se a grande quantidade de filmes finalizados em suporte digital e, graças a esses avanços tecnológicos muita gente está conseguindo usar o cinema para contar histórias. Também se notou que a concorrência para entrar na programação dos festivais aumentou consideravelmente. Mas Vestígios do Tempo começou a ser visto por curadores de pelo menos 20 festivais do Brasil, Itália e Irã e duas boas notícias já chegaram: Vestígios do Tempo foi selecionado dentre quase 200 filmes para a mostra competitiva do 7º Festival de Cinema de Maringá, onde foi exibido duas vezes durante a semana de 21 a 28 de maio e, através do voto popular, recebeu seu primeiro prêmio no seu primeiro festival, como melhor cenário. O cenário do filme é assinado por Anderson Flores, quem teve seus trabalhos orientados pelo diretor de arte carioca José Dias.

Na semana que vem, de 11 a 18 de junho, Vestígios do Tempo estará no 14º Florianópolis Audiovisuais Mercosul – FAM 2010 – e foi selecionado dentre mais de 300 filmes de vários países para integrar a mostra competitiva do FAM 2010 ao lado de filmes de São Paulo, Rio de Janeiro, Argentina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Colômbia, Espanha, Bahia, Amazonas e Chile.

domingo, 30 de maio de 2010

Melhor Cenário no Festival de Maringá

Vestígios do Tempo recebe o prêmio de melhor cenário no 7º Festival de Cinema de Maringá.
Anderson Flores (de camiseta na foto abaixo) assina a cenografia e a direção de arte é do carioca José Dias (direita). Veja abaixo a lista dos vencedores.




VENCEDORES DA MOSTRA COMPETITIVA


CATEGORIAS TÉCNICAS LONGA-METRAGEM:
1. Melhor montagem – André Finotti- Os Inquilinos (diretor Sérgio Bianchi)
2. Melhor fotografia- Fernando Aguiar e Isaías Emílio - Amadores de Futebol (diretor Eduardo Baggio)
3. Melhor som direto- Fernanda Henna- Um homem de Moral (diretor Ricardo Dias)
4. Melhor ator- Mateus Solano- Vida de Balconista (diretores Cavi Borges e Pedro Monteiro)
5. Melhor atriz- Ana Carbatti- Os Inquilinos (diretor Sérgio Bianchi)
6. Melhor música- Ítala Peron e Paulo Vanzolini- Um homem de Moral (diretor Ricardo Dias)
7. Melhor figurino- Ana Paula Gama e Ines Laborim- O Contador de Histórias (diretor Luiz Vilaça)
8. Melhor cenografia- Celso Vinícius- Os Inquilinos (diretor Sérgio Bianchi)
9. Melhor Roteiro- Jorge Oliveira- Perdão Mister Fiel (diretor Jorge Oliveira)
10. Melhor Direção- Cavi Borges e Pedro Monteiro- Vida de Balconista

CATEGORIAS TÉCNICAS CURTA-METRAGEM:
1. Melhor montagem- Frederico Ruas- Aos Pés (diretor Zeca Brito)
2. Melhor fotografia- Jonas Guedes- Olhar de João (diretor Mariley Carneiro)
3. Melhor som direto- Vinicius Casimiro- As Verdades Temporais (diretor Eduardo Kishimoto)
4. Melhor ator- Franco- Groelândia (diretor Rafael Figueiredo)
5. Melhor atriz- Samya de Lavour- Céu Limpo (diretor Marcley de Aquino e Duarte Dias)
6. Melhor música- Glauber Nocrato- Fractais Sertanejos (diretor Heraldo Cavalcanti)
7. Melhor figurino- Ana Paula Gama e Ines Laborim- Obrigada (diretor Gian Carlo Di Tommaso)
8. Melhor cenografia- Anderson Flores- Vestígios do Tempo (diretor Ronaldo Adriano)
9. Melhor roteiro- Ceci Alves- Doido Lelé (diretor Ceci Alves)
10. Melhor direção- Paulo Trejes- Inverno (diretor Paulo Trejes)

CATEGORIAS TÉCNICAS DE ANIMAÇÃO ENTRE LONGAS E CURTAS-METRAGENS:
1. Melhor Roteiro- Os Anjos do Meio da Praça- diretores Alê Camargo e Camila Carrossine
2.Melhor Direção- Os Anjos do Meio da Praça- diretores Alê Camargo e Camila Carrossine
3.Melhor Cenário- Os Anjos do Meio da Praça- diretores Alê Camargo e Camila Carrossine
4.Melhor Personagem- Os Anjos do Meio da Praça- diretores Alê Camargo e Camila Carrossine
5.Melhor Música- Os Anjos do Meio da Praça- diretores Alê Camargo e Camila Carrossine

CATEGORIAS E PREMIAÇÕES:
• Melhor Longa-Metragem 35mm ou Digital (entre Ficção, Documentário e Animação): R$ R$8 mil, Troféu Cunha de Aço e Certificação de Participação; Perdão Mister Fiel (diretor Jorge Oliveira)
• Melhor Curta-Metragem 35mm (entre Ficção & Documentário): R$4 mil, Troféu Cunha de Aço e Certificação de Participação= Aos Pés (diretor Zeca Brito)
• Melhor Curta-Metragem Digital (entre Ficção & Documentário): R$2 mil, Troféu Cunha de Aço e Certificação de Participação= Olhar de João (diretor Mariley Carneiro)
• Melhor Curta-Metragem Animação (entre plataforma 35mm & Digital): R$2 mil, Troféu Cunha de Aço e Certificação de Participação= Os anjos do Meio da Praça (diretores Alê Camargo e Camila Carrossine)

Fonte: http://www.festcinemaringa.com.br/2010/noticias.php?uid=65

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vestígios do Tempo no FAM2010

No dia 13 de junho Vestígios do Tempo será exibido no FAM 2010, segundo a organização da Mostra todo o ano o FAM recebe mais de 25 mil visitantes que se dividem entre as Mostras de Cinema e o Fórum Audiovisual Mercosul. 

O FAM - Florianópolis Audiovisual Mercosul consolidou-se, ao longo de suas 13 edições anteriores, como uma das principais mostras de cinema e vídeo do sul do país. Mas sua importância se deve, também, como lugar de discussão sobre as políticas públicas, debates sobre cultura e estética na produção audiovisual, trocas de experiências entre autoridades ligadas ao setor e realizadores, integração e intercâmbio de ideias e projetos através do Fórum Audiovisual Mercosul.

Neste ano, o Fórum terá três encontros e um seminário. No dias 11, 12 e 13 de junho, acontece do 1º Encontro de Film Comissions da América Latina. A Film Comission é uma instituição sem fins lucrativos, constituída pelo poder público federal, estadual e municipal e por entidades representativas do setor de turismo e cultura, capaz de atuar como facilitadora no processo de atração de produções audiovisuais, aproveitando a diversidade cultural e natural e também a infra-estrutura instalada em algumas regiões. Também serão realizados no Fórum o encontro do Congresso Brasileiro de Cinema e o das Entidades do Sul.

No Seminário de Cinema e Televisão do Mercosul serão abordados temas de caráter político, econômico e cultural como a definição de estratégias de implantação da plataforma audiovisual brasileira e do Mercosul, formas de organização do setor audiovisual, formação de público para o cinema nacional, acesso da população à produção audiovisual, qualidade estética e comunicabilidade da obra audiovisual com o público, produção de baixo custo, novas tecnologias de produção e veiculação de conteúdo e políticas de distribuição e exibição. 

O Fórum é transmitido ao vivo pela Internet e disponibilizado em uma biblioteca virtual, democratizando ainda mais o acesso à informação de qualidade.
 
 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

14º Florianópolis Audiovisual Mercosul

Foi divulgada nesta sexta-feira a lista dos vídeos da mostra competitiva do 14º Florianópolis Audiovisual Mercosul. Dentre 305 incritos, 36 foram selecionados:10 de São Paulo, oito do Rio de Janeiro, quatro da Argentina, três de Minas Gerais, três do Rio Grande do Sul, dois de Santa Catarina, um do Mato Grosso, um da Colômbia, um da Espanha, um da Bahia, um do Amazonas e um do Chile.
Veja a lista completa abaixo:

Mostra de Vídeo Mercosul (competitiva)

3.33, de Sabrina Greve | São Paulo - Ficção - 00:11:40
7 Voltas, de Rogério Nunes | São Paulo - Documentário - 00:19:58
Ainda Aqui, de Renato Cabral | Minas Gerais - Ficção - 00:11:52
Ao Meu Pai Com Carinho, de Fausto Noro | São Paulo - Ficção - 00:15:00
Até o fim do dia, de Gustavo Brandão | São Paulo - Ficção - 00:15:00
Avós, de Michael Wahrmann | São Paulo - Ficção - 00:12:00
Áurea, de Zeca Ferreira | Rio de Janeiro - Ficção - 00:15:00
À Margem do Sonho, de Leo Souza | Minas Gerais - Ficção - 00:17:37
Bazurto, Animales Alimentos de Hombres, de Natalia Iveth Gualy Lozano | Colômbia - Documentário - 00:15:02
Darluz, de Leandro Goddinho | São Paulo - Ficção - 00:15:00
De Velha Basta Eu, de Victor Luiz dos Santos | São Paulo - Ficção - 00:08:00
Direita é a mão que você escreve, de Paula Santos | Rio de Janeiro - Ficção - 00:15:00
El Pintor de Cielos, de Jorge Morais Valle | Espanha - Animação - 00:19:00
Em casa, de Juliana Panini | São Paulo - Ficção - 00:15:00
Em Terra de Cego..., de João Boltshauser | Rio de Janeiro - Ficção - 00:18:20
Encontro com o Mestre, de Marcelo Abreu Gois | Bahia - Documentário - 00:05:00
Imagine uma menina com cabelos de Brasil..., de Alexandre Bersot | Rio de Janeiro - Animação - 00:10:00
Itaúna-Manajé. Intepretaçao e Imaginário, de Mariana Martins | Santa Catarina - Documentário - 00:25:00
La nieve y tantas cosas, de Mariano Nante | Argentina - Ficção - 00:15:00
La Ollera, de Juan Manuel Costa | Argentina - Animação - 00:13:30
Lacarmélio, de Ana Carolina Soares e Carlos Henrique Roscoe | Minas Gerais - Documentário - 00:15:16
Miércoles 8 / Martes 7, de Edison Cájas | Chile - Ficção - 00:25:00
Mi Compañero, de Juan Dario Almagro | Argentina - Documentário - 00:24:50
Ninho dos Pequenos, de Ulisses da Motta Costa | Rio Grande do Sul - Ficção - 00:11:30
Os anjos do meio da praça, de Alê Camargo e Camila Carrossine | São Paulo - Animação - 00:10:12
Os Batedores, de Filipe Ferreira | Rio Grande do Sul - Ficção - 00:21:14
Os Pré-Socráticos x Indígenas, de Jorge Bodanzky | Amazonas - Documentário - 00:19:00
Ouija, de Marcelo Galvão | São Paulo - Ficção - 00:12:31
Palavra a Palavra, de Bhig Villas Bôas | Santa Catarina - Documentário - 00:15:00
Prodigio, de Marcos Rostagno y Gabriela Trettel | Argentina - Ficção - 00:27:00
Sitiados, de Marcello Quintella e Boynard | Rio de Janeiro - Ficção - 00:13:00
Último Retrato, de Abelardo de Carvalho | Rio de Janeiro - Documentário - 00:09:36
Um animal menor, de Pedro Harres e Marcos Contreras | Rio Grande do Sul - Ficção - 00:20:20
Uma canção de dois humanos, de Giovani Barros | Rio de Janeiro - Ficção - 00:09:00
Vestígios do Tempo, de Ronaldo Adriano | Mato Grosso - Ficção - 00:19:20
Vida Vertiginosa, de Luiz Carlos Lacerda | Rio de Janeiro - Ficção - 00:15:20

Fonte: Blog do Florianópolis Audiovisual Mercosul - FAM

quinta-feira, 20 de maio de 2010

HOMENAGEM - 7° Festival de Cinema de Maringá homenageia Íttala Nandi

A atriz Íttala Nandi será uma das homenageadas do 7° Festival de Cinema de Maringá. Íttala receberá a homenagem juntamente com o cineasta Júlio Bressane. Formada em Ciências Contábeis pela Escola Normal São Carlos (RS) Íttala escolheu seguir o caminhos das artes. Por conta da sua atuação e prestígio recebeu, em 2003, do Ministério da Educação, por meio da Universidade do Rio de Janeiro, a outorga “Notório Saber”, que a confere o título de Doutora em Artes Cênicas.

Íttala começou sua carreira em sua cidade natal, Caxias do Sul, cursando teatro amador. Alguns anos depois, se mudou para capital e participou do Teatro Equipe. No início dos anos 60 foi para São Paulo, onde cursou interpretação com o professor Eugênio Kusnet, no Teatro Oficina. Em 1963 virou sócia, atriz e produtora da Sociedade Cultural Teatro Oficina, junto com José Celso Martinez Corrêa, Renato Borghi, Fernando Peixoto e Etty Fraser. Atuou em diversas peças como “Os pequenos burgueses”, “Os inimigos” e “O rei da vela”, mas foi no cinema que consolidou sua carreira.

Seu primeiro filme como atriz foi “Gentle Rain”, produzido nos Estados Unidos em 1966. Em 1970 atuou nos quatro episódios que compõe o filme “América do Sexo”. No mesmo ano participou do “Bandido da Luz Vermelha” e “Juliana do Amor Perdido”. Após 24 filmes no currículo, o último filme (1999) de Íttala como atriz no cinema foi “Sobre os anos 60”, de Jean-Claude Bernadet.

Nessa época Íttala já fazia sucesso na televisão e intensificou seu trabalho nesse meio. Na TV Globo, a atriz, participou de séries e novelas consagradas como “Carga Pesada” (1979), “Que Rei Sou Eu?”(1988/89), “Pantanal”(1994), “Você Decide”(94 e 97), “A Justiceira” (97) e “A Casa das Sete Mulheres”(2004). Em 2005 Íttala assinou contrato com a Rede Record e desde então está participa dos programas da emissora. Em 2005 atuou em “Prova de Amor” e no ano seguinte em “Caminhos do Coração”. Em 2007 e 2008 continuou na série, participando de “Caminhos do Coração- Os Mutantes” e ano passado de “Caminhos do Coração- Promessas de Amor”.

Durante sua carreira Íttala Nadi recebeu alguns prêmios. Em 1963 foi eleita Melhor Atriz Coadjuvante pela Associação Paulista De Críticos Teatrais, com a peça “Toda donzela tem um pai que é uma fera" de Gláucio Gill. Já no cinema ela conquistou o prêmio de Melhor Atriz (1971) pelo filme "Os Deuses e os Mortos”, de Ruy Guerra e Melhor Atriz- Prêmio Molliére Air France, pelo filme "Guerra Conjugal" de Joaquim Pedro de Andrade, em 1976.

Atualmente Íttala está também voltada à educação. Coordena o Curso de Cinema e Televisão da Escola Superior Sul Americana de Cinema e Televisão do Paraná (CINETVPR/FAP). A CINETVPR, situada em Pinhais, é um Projeto Técnico do Governo do Paraná que visa capacitar profissionais na área de cinema e televisão.

Festival

O Festival de Cinema de Maringá será entre os dias 21 e 28 de maio pelo segundo ano consecutivo no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e terá além das exibições de filmes, mostra competitiva e debates, sendo temas focados na Lei Rouanet, Política Privada de Cultura, Política Pública de Cultura, Formação de Platéias e Jornalismo Cultural.


Fonte: http://www.maringa.com/noticias/detalhe_noticia.php?not_codigo=7920

7º Festival de Cinema de Maringá

Período: 21/05/2010 a 28/05/2010
Local: UEM

Programação

O 7º Festival de Cinema de Maringá já tem data certa para ocorrer. De 21 a 28 de maio, Maringá será sede do evento que terá como tema este ano o Futebol, devido a Copa do Mundo. O Festival será realizado pelo segundo ano consecutivo no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e terá exibições de filmes, mostra competitiva e debates, sendo temas focados na Lei Rouanet, Política Privada de Cultura, Política Pública de Cultura, Formação de Platéias e Jornalismo Cultural.

A inscrição e entrega das cópias dos filmes em longa e curta-metragem 35mm e plataforma digital que concorrerão à seleção para a mostra competitiva, tanto da Mostra Competitiva 35mm e do I Festivalzinho Tudo em Poucos Minutos, já se iniciaram desde o dia 1 de Abril e permanecem abertas até o dia 30 de Abril. A ficha de inscrição e o regulamento de ambas as mostras, estão disponíveis no site www.festcinemaringa.com.br.

Este ano, foram ampliadas as premiações técnicas com destaque para melhor direção e melhor roteiro. Várias categorias técnicas, entre longa e curta metragens e animação, receberão premiação com troféu e certificado. Além disso, em quatro categorias haverá premiação em dinheiro. O melhor longa-metragem (35mm ou digital) receberá a quantia de R$8 mil. O melhor curta-metragem de 35mm, de ficção ou documentário, receberá o prêmio de R$4 mil. Já o melhor curta-metragem digital de ficção ou documentário e o melhor curta-metragem de animação (35mm ou digital) receberão R$2mil cada.

De acordo com Pery de Canti, coordenador geral do evento, o Festival tem como objetivo “levar ao grande público, significativa mostra da produção brasileira e reunir personalidades ligadas a esta atividade, além de contribuir para a projeção nacional e internacional da cidade de Maringá e do Estado do Paraná.”

As inscrições para o “I Festivalzinho Tudo Em Poucos Minutos” foram prorrogadas para o dia 14 de maio. Serão mais duas semanas para que os moradores de Maringá possam produzir Curtas de 1 a 3 minutos que tenham como tema a Copa do Mundo de 2010, temática do 7º Festival de Cinema.

As inscrições devem ser feitas pelo site www.festcinemaringa.com.br. O regulamento permanece o mesmo, apenas a data foi alterada. Podem ser inscritas obras nos formatos: documentário, ficção ou animação. Os filmes selecionadores serão exibidos nos dias 22 e 23 de maio e o melhor filme, que será escolhido por júri popular, receberá o Troféu Cunha de Aço, Certificação de Participação e o valor de mil reais.

Lista dos filmes selecionados para a Mostra Competitiva
7° Festival de Cinema de Maringá

Curtas-metragens 35mm
Título/Direção/Linguagem/Estado
1 A Montanha Mágica, Petrus Cariry, Doc, CE
2 Aos Pés, Zeca Brito, Ficção, RS
3 Carreto, Claudio Marques e Marília Hughes, Ficção, BA
4 Doido Lelé, Ceci Alves, Ficção, BA
5 Fractais Sertanejos, Heraldo Cavalcanti, Doc, RJ
6 Groelândia, Rafael Figueiredo, Ficção, RS
7 Incelença da Perseguida, Silvio Gurjão, Ficção, CE
8 Inverno, Paulo Trejes, Ficção, PR
9 O Divino, De Repente, Fábio Yamaji , Anima, SP
10 Obrigada, Gian Carlo Di Tommaso, Ficção, RJ
11 Quando a Chuva Chegar, Jorane Castro, Ficção, PA
12 Reconhecimento, Ítalo Cajueiro, Anima, DF

Curtas-metragens digitais
Título/Direção/Linguagem/Estado
1 Aula de Yoga N. 34, Gordeeff e Claudio Roberto, Anima, RJ
2 Bode Movie, Taciano Valério, Ficção, PE
3 Céu Limpo, Marcley de Aquino e Duarte Dias, Ficção, CE
4 Duas Garotas, Um Banheiro, Traição, Eliton Oliveira, Ficção, SP
5 E Tú quem és?, Rodrigos Sellos, Ficção, RJ
6 Maria de Kalú, Carlos Mosca e Ronaldo Nerys, Doc, PE
7 O Anão que Virou Gigante, Marão Animação, RJ
8 Olhar de João, Mariley Carneiro, Doc, GO
9 Os Anjos do Meio da Praça, Alê Camargo e Camila Carrossine, Animação, SP
10 Os Batedores, Filipe Ferreira, Ficção, RS
11 Raio X, Cavi Borges e Paulo Azevedo, Doc, RJ
12 Sombras na Cabine, Alexandre Araújo, Doc, SP
13 Vestígios do Tempo, Ronaldo Adriano, Ficção, MT
14 Deus Lhe Pague, Raylka Franklin, Ficção, CE
15 Café, Eduardo Chatagnier, Ficção, SP

Longas-metragens digitais
Título/Direção/Linguagem/Estado
1 Amadores do Futebol, Eduardo Baggio, Doc ,PR
2 Calangueiros - uma viagem caipira, Flavio Cândido, Doc, RJ
3 Fora de Campo, Adirley Queiros, Doc, DF
4 Vida de Balconista, Cavi Borges e Pedro Monteiro, Ficção, RJ

Longas-metragens 35mm
Título/Direção/Linguagem/Estado
1 A Casa Verde, Paulo Nascimento, Ficção, RJ
2 Os Inquilinos, Sérgio Bianchi, Ficção, SP
3 Perdão Mister Fiel, Jorge Oliveira, Doc, DF
4 Um Homem de Moral, Ricardo Dias, Doc, SP
5 O Contador de Histórias, Luiz Vilaça, Ficção, SP

Longa-metragem 35mm Hor Concour
Título/Direção/Linguagem/Estado
1 A Erva do Rato, Júlio Bressane, Ficção, RJ

Mais informações: Assessoria de Imprensa contato@festcinemaringa.com.br
Mariane Maio - (44) 9116-3131 begin_of_the_skype_highlighting              (44) 9116-3131      end_of_the_skype_highlighting
www.perfilconsultoriacultural.com.br

Fonte: http://www.maringa.com/eventos/detalhe-evento.php?eve_codigo=2440

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sai programação do Festival de Cinema de Maringá

Divulgada a programação geral do Festival de Cinema de Maringá e Vestígios do Tempo será exibido na terça-feira (dia 25/05) e quarta-feira (26/05).

Veja a programação completo no site do Festival de Cinema de Maringá, acesse.

terça-feira, 11 de maio de 2010

VII Festival de Cinema de Maringá 2010‏

Vestígios do Tempo foi selecionado nesta semana para o VII Festival de Cinema de Maringá 2010. Segundo a organização do festival alcançou a marca de 212 inscrições entre longa e curta-metragens, vindos do 18 estados brasileiros. 183 curtas foram inscritos e destes, 15 foram selecionados para o Festival. Veja abaixo a lista dos filmes selecionados para o Festival de  Cinema de Maringá.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Final de semana de cinema em Alta Floresta


Neste final de semana foram realizadas três exibições do Vestígios do Tempo, a primeira foi realizada para pais e alunos da Estadual Ludovico da Riva Neto no bairro Vila Nova. A projeção do filme fez parte da programção do Ponto de Cultura Teatro Experimental por ocasião do lançamento das atividades do Ponto, que tem como um dos principais objetivos a formação de Jovens Mobilizadores Sociais através do teatro através de ações como oficina de teatro, palestras, encontros e outras atividades artístico-culturais, proporcionando assim o acesso e a fruição de bens culturais e produções artísticas e culturais de Alta Floresta e outras localidades.

Além de Vestígios do Tempo também foi exibido o média-metragem "Pobre é quem não tem Jeep", do cineasta Amauri Tangará.

No sábado e domingo Vestígios foi exibido no Teatro do Centro Cultural de Alta Floresta juntamente com outros curtas cedidos pela Programadora Brasil, sendo: o filme paraense "Açaí com Jaba" de Alan Rodrigues, Marcos Daibes e Walério Duarte, os curta paulistas "BMW Vermelho" de Reinaldo Pinheiro e Edu Ramos "Dov'e Meneghetti", de Beto Brant.

As exibições no Teatro do Centro Cultural são realizadas periodicamente pelo Cineclube Floresta que conquistou equipamentos de projeção do programa Cine + Cultura do Ministério da Cultura.

terça-feira, 2 de março de 2010

"Vestígios do Tempo" em Alta Floresta

O filme Vestígios do Tempo será exibido neste final de semana em Alta Floresta.

Programação para o final de semana:

05/03/2010 (sexta-feira), às 19h – exibição no Bairro Vila Nova (Escola Ludovido da Riva Neto), marcando o início das atividades do Ponto de Cultura Teatro Experimental naquela comunidade.

06/03/2010 (sábado), às 20h – exibição no Teatro do Centro Cultural de Alta Floresta (Praça da Cultura).

07/03/2010 (domingo), às 20h – exibição no Teatro do Centro Cultural de Alta Floresta (Praça da Cultura).

Outras informações:
Ronaldo Adriano (66) 9205-1754
E-mail ronaldoadrianofl@hotmail.com

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Ecos de Vestígios do Tempo


Vestígios do Tempo foi pauta do Blog Eixo Cult, editado por Maicon Rodrigo da cidade de Lucas do Rio Verde/MT. Maicon tomou conhecimento da produção do curta através da Internet e rapidamente fez contato comigo e disponibilizou um belo espaço para divulgação do Vestígios. E a entrevista já está disponível no blog, no endereço www.eixocult.blogspot.com. Vale a pena conferir também outras entrevistas realizadas pelo blog com artistas mato-grossenses.


Maicon é um agitador da cultura em Lucas do Rio Verde e dedica-se à difusão das produções em Mato Grosso é se firma como mais um importante espaço para os artistas e grupos tornarem pública as informações de seus trabalhos e pensamentos através na rede.


Abaixo disponibilizamos a íntegra da entrevista publicado no Eixo Cult.


1 - O que podemos esperar de Vestígios do Tempo?

Vestígios do Tempo é filme sobre a vida. Um filme onde a teimosia da vida revela seu vigor e crueldade, onde a desesperança pode se transformar em uma nova razão pra viver. É um filme onde o público verá pessoas com feridas do passado não cicatrizadas e que mesmo assim continuam suas trajetórias. São vestígios de num tempo passado. Um passado que, paradoxalmente, parece ser a única coisa que preenche o vazio interior da falta de perspectivas.

É um curta produzido com um cuidado especial na qualidade da imagem, som, preparação e atuação do atores, na arte, na montagem, enfim, um filme que apresenta momentos de estrema violência, não necessariamente física, e de grande ternura.

2-Qual foi o papel do “Teatro Experimental de Alta Floresta” na produção e realização do curta “Vestígios do Tempo”?

A base de toda a equipe foi composta pelos integrantes do Teatro Experimental de Alta Floresta (TEAF), o grupo tem uma história de mais de 20 anos de atuação na área teatral e na provocação de outras áreas e o movimento do audiovisual se firmou em Alta Floresta a partir da realização do I Festival de Cinema na Floresta, cuja produção foi do Teatro Experimental.

Meus devaneios que me levaram à idéia de fazer um curta inspirado nas histórias vividas por pessoas que se aventuram no garimpo, ignorando as várias formas de vida na Amazônia mato-grossense, foram tomados por todo o grupo. O que foi maravilhoso, me sinto orgulhoso por meus companheiros de grupo terem acreditado no projeto e ajudado a torná-lo realidade.

A seriedade do TEAF em seus trabalhos e o empenho individual das pessoas do grupo foi determinante para conseguirmos realizar Vestígios do Tempo. Inclusive dedico esse curta a todas as pessoas que participam do TEAF ou que tenham participando do grupo ao longo dessas duas décadas. O grupo deixou impressões muito bonitas na vida de muitas pessoas e essas pessoas também deixaram coisas maravilhosas para o grupo, elas cultivaram a terra, adubaram e semearam em terras onde só parecia ser possível tirar ouro, plantar capim para bois e extrair gigantescas árvores da mata. Hoje essas sementes estão dando bons frutos e nós que continuamos no grupo e também aqueles que estão chegando continuam cuidando dessa terra que continuará fértil para a cultura e a arte com seus sonhos, histórias e pessoas.

3 - O curta teve como locais de filmagens comunidades que abrigaram campos de garimpos na época da extração de minérios. Como foi o trabalho de filmagem nesses locais?

Eu tive a oportunidade de conviver com pessoas do garimpo quando tinha meus 14/16 anos de idade. Ouvi muitas histórias de garimpeiros, a maioria contadas por pessoas que estavam a anos na obcecada busca do ouro. Busca que sempre deixavam feridas nas matas, nos rios e nas pessoas. Eu gostava de ouvir as histórias daqueles homens que tinham apenas pseudônimo, poucos pertences e um futuro incerto. Eles apareciam e desapareciam muito rapidamente. O garimpo parece suscitar no homem os seus instintos mais primitivos e o torna nômade e com pouca ou nenhuma valorização às formas de vida.

Isso me influenciou muito na elaboração do roteiro, queria mostrar a efemeridade das alegrias, tristezas, esperanças e lembranças de homens e mulheres entorpecidos pelo sonho da riqueza. Quando estava escrevendo o roteiro o cenário da Pista do Cabeça (uma região formada por três vilas rurais distante 75 Km da cidade que têm origem no garimpo) foi se solidificando de tal maneira que não poderia filmar em outros lugares para filmar se não na comunidade e dentro da floresta.

Filmamos então na comunidade Pista Nova, um lugar onde se tem a sensação de que seus moradores foram deixados para trás quando o garimpo passou por lá. Onde se nota os vestígios dos tempos da euforia do ouro, da agitação das muitas mulheres e homens em todos os lugares. Hoje parece haver apenas vestígios de coisas, lugares e pessoas alimentadas pelo passado de riquezas efêmeras, de festas em bares e boates, do desbravamento e o respeito que o porte de armas, muitas vezes servientes aos donos de compra de ouro e terras, dava para alguns.

Hoje essas comunidades vivem uma realidade totalmente diferente, há poucas famílias que trabalham para grandes fazendas de pecuária, mas ainda trazem no seu comportamento o jeito de ser do garimpeiro. E era neste cenário que eu queria que minha história fosse contada, pegando emprestado o clima nostálgico, a falta de perspectivas e a história do lugar que está em todos os lugares e pessoas. Os atores conviveram e atuaram em casas, bares e igrejas juntamente com os moradores da vila (que fizeram a figuração). A comunidade se envolveu verdadeiramente com o processo de filmagens. Ficamos três dias na comunidade e a relação foi maravilhosa.

O último dia de filmagens foi numa reserva florestal onde há duas árvores gigantes que atraem vários turistas, uma samaúma (conhecida como árvore gigante da Amazônia) e um mogno. Ambas com estimativa de 500 anos e sobrevirem quase milagrosamente ao avanço do desmatamento, principalmente o mogno que tem alto valor no mercado madeireiro, mesmo tendo seu corte proibido. Um lugar que abriga milhares de vidas e se contrapõe aos buracos deixados pelo garimpo.

4 - Como esta a produção cultural de Alta Floresta?

Alta Floresta tem uma produção cultural bastante importante na região norte do Estado. Nós temos o Teatro Experimental caminhando para seus 22 anos com mais de 30 espetáculos, promove Seminário de Cultura e o Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense; temos dois Cineclubes (Cineclube Floresta e Cineclube Mastodonte), o Cineclube Floresta realiza o Festival de Cinema na Floresta; temos uma Associação de Cantores e Compositores, três festivais de música (Festival da Canção de Alta Floresta, Festival Rural de Alta Floresta, Convenção do Rock); dois grupos de dança, vários artistas plásticos (pintores, escultores); um artesanato que se destaca no Estado; uma rica produção literária (já foram publicados em Alta Floresta mais de 30 livros); um bem tombado como Patrimônio Público Municipal (um avião Douglas DC-3 que foi utilizado na 2ª Guerra e foi utilizado na abertura da cidade na década de 1970); temos o Museu de História Natural; e o Centro Cultural que abriga um Teatro (em fase de adequação de caixa cênica) de 250 lugares.

Mas ainda temos muito para melhorar, especialmente no que diz respeito a mostrar essas produções fora e avançar no processo de formação de nossos artistas que precisam se equilibrar entre a profissão de artista e outros trabalhos que garantem sua subsistência. Precisamos agitar mais a cultura em Alta Floresta.

5-O que você acha da produção cultural do Mato Grosso?

Mato Grosso precisa valorizar mais o setor cultural. É preciso entender que um Estado não pode ter apenas boi e soja. Temos gente também e a cultura é um importante elemento para nós seres humanos. Ainda é muito difícil fazer a produção cultural do Mato Grosso circular dentro do estado e mais ainda em outros estados. Acho que a produção mato-grossense ainda está muito concentrada na Capital e na cultura da baixada cuiabana. Mato Grosso tem gente de todos os lugares do Brasil, portanto, uma diversidade cultural muito grande e isso precisa ser mostrado. O Mato Grosso tem que se conhecer culturalmente e pra isso é preciso mais investimento, tanto dos Municípios, quanto no Estado e União.

6-O curta “Vestígios do Tempo” e a primeira grande produção cinematográfica realizada em Alta floresta. Qual o peso histórico e cultural que isso tem para a cultura de Alta Floresta e do estado?

Quando iniciamos a produção do Vestígios do Tempo não estávamos preocupados em ser o primeiro a realizar uma grande produção, queríamos apenas fazer um curta, colocar o audiovisual e cinema na lista de ações culturais em Alta Floresta. Mas é claro que Vestígios do Tempo acaba se tornando um marco na produção cinematográfica no norte do Estado. Eu não sei se em algum outro município do interior já foi produzido um curta com quase toda a equipe formada por artistas da cidade, mas tomara que mais e mais cidades e realizadores possam produzir cada vez mais e empregar nossos artistas. Neste curta tivemos artistas de Guarantã do Norte, Colíder, Peixoto de Azevedo, de Chapada dos Guimarães, Cuiabá e Rio de Janeiro. Acho que isso vale muito e certamente irá estimular mais produções e envolvimento de artistas do interior em produções também realizadas na Capital. Espero que Vestígios do Tempo possa servir de incentivo para mais apoios à produção cultural como um todo pelo poder público e a iniciativa privada, pois o Mato Grosso tem muita coisa bonita e interessante para ser mostrada mudo afora.


7-Como foi seu inicio na carreira cinematográfica?

Quando o Teatro Experimental completou 15 anos nós fizemos um Documentário em vídeo e eu auxiliei o Renan Dimuriez, que atua como ator no Vestígios, na direção. Depois, em 2006, na função de gestor municipal de cultural articulei uma oficina de cinema para Alta Floresta juntamente com o Instituto Cultural América, mas eu não pude ser ativo nos trabalhos. Minha aproximação maior se deu em 2007, no I Festival de Cinema na Floresta, quando fiz uma oficina com Amauri Tangará, diretor de vários curtas, dentre eles “Pobre é quem não tem jeep”, “Horizontem”, diretor do primeiro longa-metragem mato-grossense “A oitava cor do arco íris”, um filme lindo, feito com todos o elenco formado por atores mato-grossenses, e também do longa “Ao Sul de Setembro”, um filme maravilhoso e que conta com o Agostinho Bizinoto (membro do Teatro Experimental no elenco principal). Nesta oficina de apenas uma semana acabei roteirizando e dirigindo o curta “Conseqüências”. No ano seguinte, também numa oficina do Tangará realizanda durante o Festival, dirigi o curta “Por um Risco” e agora, em 2009, fizemos o “Vestígios do Tempo”. Costumo dizer que o Agostinho Bizinoto me contaminou com o “bichinho do teatro” e o Amauri Tangará com o “bichinho do cinema”. E tomara que eu possa continuar nessa jornada.

8-Vivemos na era digital, em que as informações são amplamente divulgadas na internet. Em sua opinião qual a importância do cinema na propagação da informação na era digital?

Acho que o cinema é o instrumento que temos para contrapor a baixa qualidade da televisão. E agora com a facilidade de fazer cinema digital (em HD) acho que mais espaços serão conquistados, seja na Internet ou em espaços onde um projetor (datashow) possa ser ligado. O que precisamos é de políticas que estimulem a produção de boa qualidade, não a que foi noticiada recentemente, de canalizar recursos para produções cinematográficas ditas populares e, por consequência, ruim. Como se o público popular não tivesse a capacidade de pensar e tenha que ver coisas com conteúdo desprezível.

10-Que trabalhos culturais você acha que merecem um bom destaque aqui no estado?

Acho que tem muita coisa boa que precisa ser mostrada. Tem bons grupos de teatro, tem a produção de cinema de muita gente bacana, tem muitos músicos bons. Pra mim toda produção cultural que seja feita com responsabilidade e que possa contribuir criticamente e socialmente dever ter destaque.

11-Quais seus planos para o futuro?

Quero muito poder participar de festivais de cinema e mostrar o Vestígios do Tempo, quero saber o que acham do resultado final e poder aprender com isso, pois tenho muita vontade de desenvolver novos projetos, idéias de roteiros e poder filmá-los. A experiência do cinema foi muito legal e quero poder viver novas experiências nesta área.

Já no teatro, tenho quero poder circular mais com nossos espetáculos e montar novos trabalhos, como ator e diretor, junto com os companheiros do Teatro Experimental. Nós temos muitos projetos para o grupo e estamos lutando para torná-los realidade.


Aproveito a oportunidade agradecer e parabenizá-lo, Maico Rodrigo, pelo Blog EixoCult e valorização da produção cultural e artística. Também aproveito para convidar a todos os leitores do blog para conhecerem um pouco mais dos trabalhos no Teatro Experimental de Alta Floresta acessando nosso sitio http://www.teatroexperimental.com.br/  e se cadastrarem em nosso newslleter. E, ainda, para acessarem o blog do Vestígios do Tempo, http://www.curtavestigiosdotempo.blogspot.com/.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Vestígios do Tempo, um filme de Ronaldo Adriano


O curtametragem é uma produção do Teatro Experimental de Alta Floresta

Alta Floresta, localizada a 800 km de Cuiabá/MT, vem mostrando que é campo fértil nas artes cênicas e cinema. Primeiro foi o teatro e agora mostra sua força mais uma vez no campo do audiovisual - recentemente realizou, com destaque, seu terceiro festival de cinema. No dia 17/12/2009 a cidade lançou o curtametragem Vestígios do Tempo, de Ronaldo Adriano, primeira grande produção cinematográfica totalmente realizada em terras alta-florestenses e que uniu profissionais locais e de diversas outras partes do país. Dia 20/12/2009 foi a vez dos moradores das comunidades onde o curtametragem foi filmado verem o resultado do trabalho. A exibição foi realizada no barracão da Associação de Moradores e praticamente todos os moradores prestigiaram o evento. O Teatro do Centro Cultural de Alta Floresta ficou pequeno para acolher todo o público. Ronaldo Adriano não conseguiu esconder sua emoção ao lembrar de todos os companheiros que integraram a equipe do filme e, especialmente, aos companheiros do Teatro Experimental que integram o grupo e todos aqueles que participaram do grupo durante seus 21 anos de atividade. “Não é um filme de Ronaldo Adriano, é um filme do todos que participam e participaram do Teatro Experimental. O filme tem um pouquinho de cada um que ajudaram a construir a bonita história do grupo”. Finalizou Ronaldo sob o aplauso do público.

Muitos da platéia se emocionaram em algumas cenas do filme que foi visto num silêncio profundo. Silêncio interrompido apenas por suspiros apreensivos e emocionado da platéia.

O curta começou a virar realidade em julho deste ano, quando foi publicado o resultado do Programa de Apoio à Cultura (Proac) da Secretaria de Estado de Cultura (SEC). O projeto do filme foi aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura com recursos da ordem de R$ 70 mil - de acordo com informações da SEC. Os recursos concedidos, no entanto, foram insuficientes para custear todas as etapas do processo e houve um grande esforço da produção executiva em conseguir parcerias locais e apoios fundamentais. Os produtores destacam como um importante fator, o envolvimento das comunidades rurais do município, que receberam de forma acolhedora as equipes de filmagem e participaram ativamente dos trabalhos.

Entre as locações do filme estão a comunidade da Pista Nova e as circunvizinhas Ourolanda e Pista do Cabeça, localidades que abrigaram garimpos na época áurea da extração de minérios. Algumas cenas também foram realizadas nas comunidades da Santa Cruz da Paineira, onde está localizada uma espécime de Sumaúma (conhecida como árvore gigante da Amazônia) a maior árvore que se tem conhecimento na região e também uma espécime de Mogono, ambas com idades estimadas de 500 anos, e Mundo Novo (ambas no lado leste do Município). A passagem da equipe revolucionou o dia-a-dia das comunidades. No total, o filme, cuja fase de filmagem durou quatro dias, contou com uma equipe de 35 pessoas e 57 figurantes (moradores das localidades). Segundo a produção do filme direta e indiretamente cerca de 100 pessoas se envolveram com o filme.

A história - Com roteiro e direção de Ronaldo Adriano, Vestígios do Tempo é uma obra de ficção inspirada em várias histórias da época dos garimpos da região. A produção conta a história de Antônio (interpretado pelo ator mato-grossense Romeu Benedicto), um ex-garimpeiro sem nenhum entusiasmo pela vida e movido pelo desejo de vingança, que decide voltar a uma vila formada pelo garimpo na Amazônia mato-grossense. Ao chegar lá, Antônio se depara com as ruínas do lugar, das coisas e das pessoas que sobreviveram ao tempo. Em meio a esse quadro a teimosia da vida se revela com vigor e crueldade. O papel é um presente para Romeu Benedicto, que já mostrou se talento em várias outras produções, locais e nacionais. Trata-se de um ator que conta com várias participações em produções cinematográficas e de teatro em Mato Grosso e em algumas novelas e seriados de redes nacional de televisão.

Equipe - O elenco é composto ainda por atores do Teatro Experimental de Alta Floresta (Angélica Müller, Ronaldo Adriano, Nayara Luana Bosi, Gean Nunes, Odair Batista, João Vitor Marques Lima, Fernando Nunes e Gil Milanez), além de Renan Dimuriez (Guarantã do Norte), Tuka Calgaro (Cuiabá), Paulo Roberto Paulinho e Márcia Trindade (os dois também de Alta Floresta). O Teatro Experimental é hoje um dos principais grupos do Estado e celeiro de promissores talentos. Foi fundado em 1988 e é uma entidade artístico-cultural, reconhecida como de Utilidade Pública em âmbitos municipal e estadual. Em sua trajetória já produziu dezenas de espetáculos teatrais, apresentados em várias partes do Estado.

Para tornar Vestígios do Tempo uma realidade foi montada uma equipe repleta de talentos mato-grossenses e de renome nacional e internacional. O produtor executivo é Agostinho Bizinoto, diretor do Teatro Experimental de Alta Floresta. Do grupo comparece ainda Elenor Cecon Júnior, que assina a direção de produção. A fotografia foi assinada por João Carlos Bertoli, formado em Cinema pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e com vasta experiência em produções mato-grossenses; a direção de elenco é de Amauri Tangará, ator, diretor e cineasta que realizou o mediametragem Pobre é Quem Não Tem Jipe (1997) e os longas A Oitava Cor do Arco-Iris e Ao Sul de Setembro (2004/2005) e, mais recentemente (2007), o curta metragem Horizontem, além de realizar diversos trabalhos em Portugal.

O som direto e edição de áudio ficaram por conta de Yuri Kopcak, a cenotécnica por Paulo Krukoski e a montagem de Danilo Pereira, todos de Cuiabá. Ainda fazem parte da equipe de arte os alta-florestenses Anderson Flores e Vanúsia Santos, que assinam a cenografia e figurino, respectivamente. O músico Eduardo Oliveira Alves (Kadu) cuidou da trilha e a maquiagem foi de Joezer Ponciano (Peixoto de Azevedo). Na direção de arte está o renomado José Dias (Rio de Janeiro), mestre e doutor pela ECA/USP e professor titular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Como cenógrafo e figurinista, tem 320 espetáculos no currículo, além de ter desenvolvido projetos para a TV Tupi e TV Globo de 1974 a 1989.

O diretor Ronaldo Adriano é de Alta Floresta e trabalha como ator de teatro desde 1991. Em 2000 fez sua primeira assistência de direção num documentário filmado em sua terra natal. A partir de então, desenvolveu alguns trabalhos na área do audiovisual, destacando-se a direção de dois curtametragens (Consequências e Por um Risco).